sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pela ordem da Casa


Nos indigna a falta de respeito com que fomos tratados pelo então presidente José Queiroz na manhã desta sexta-feira (16). Não bastasse a indiferença, o desprezo e o tom ridicularizante de tratar-nos, foi deselegante ao permanecer fumando em um ambiente fechado, e foi-nos desrespeitoso em encerrar a sessão e cercear o direito dos colegas e ferir o Regimento Interno desta Casa, que é do Povo.

De tudo, caberia maturidade para receber as denúncias apresentadas contra ele, e consciência para abrir a votação. Afinal, não haveria outra razão de ali está, senão a deliberação sobre o recebimento das denúncias e o pedido de afastamento, conforme a convocação.

Tudo pareceu claro, inclusive as ações de desespero, que além de ferir o Regimento Interno, feriu a imagem da Casa. Talvez por ímpeto de desespero, não soubesse o senhor José Queiroz que não lhe competia presidir aquela sessão, e apoderar-se da cadeira como símbolo de superioridade onde se deve primar pela democracia.

Ora, se o Sr. José Queiroz por várias vezes repetiu em alto e bom tom que nada devia, porque então não permitir a investigação e a transparência de suas ações? Por que tanta pressão, e tanta questão de permanecer a frente da presidência?

De tudo, ficou-nos claro o medo encoberto por palavras de acusação, e o tom de agressividade com que fomos tratados.

E se há tantas provas de sua inocência, nada mais coerente do que aproveitar a chance para colocar-se a disposição, abrir o caminho das investigações, e então, coroar-se de mérito pela transparência.

Não precisaria justificar seus erros com os erros dos outros, nem bastaria a fúria e a insatisfação de fazer-se presidente por força além da justiça.

É bom que se saiba que a Casa Adauto Antonio de Araújo é do povo, e que o Poder Legislativo é composto por nove membros que foram eleitos pelos donos desta Casa para representar seus anseios. No mínimo, compete-nos a postura íntegra, séria e transparente. Arbitrariedade não combina em nada com a missão de quem deseja representar o povo.

E nesta Casa, o único lugar que não deve faltar é do respeito. E de fato, bastaria o mínimo que não tivemos, ao calarem nossas vozes.

Não basta mandar desligar o microfone, nem aumentar o tom da voz, nem carregar livro de ata debaixo do braço para que o episódio não seja registrado. Quanta ignorância!

E nesta oportunidade, quero registrar o meu repúdio à postura do senhor José Queiroz na sessão desta sexta-feira (16) e estender ao povo meu desejo de que tudo se esclareça, e de que a Casa volte à ordem.


Vereador Francisco Saulo